As autoridades oliventinas recuperam os nomes portugueses das ruas

TEXTO BILINGUE

Olivença recupera as suas ruas

A Câmara Municipal de Olivença começou a recuperar os antigos nomes em português das ruas da localidade. A iniciativa parte da associação cultural Além Guadiana, que há um ano apresentou à Câmara e aos diferentes representantes políticos de Olivença um projeto pormenorizado para a valorização da toponímia oliventina, com unânime aceitação.
O projeto contempla a adição dos antigos nomes das ruas aos atuais, mantendo a mesma tipologia e estética nas placas. Assim, resgatam-se as denominações das ruas, dos becos, das calçadas, etc., que configuram o extenso casco histórico encerrado nas muralhas abaluartadas, com um total de 73 localizações. Tudo irá acompanhado de um simbólico ato inaugural e da edição de brochuras turísticas bilingues.
A maior parte da toponímia urbana de Olivença foi substituída ou modificada na primeira metade do século XX, embora alguns dos nomes continuem a ser utilizados pela população apesar das alterações, como nos casos da rua da Rala, da rua da Pedra, da Carreira, etc.
Os antigos nomes das ruas falam-nos do passado português da “Vila”, como popularmente é conhecida a cidade, desvelando aspetos diversos, amiúde desconhecidos, da sua história.
Estes remontam a séculos atrás, muitos deles à Idade Média, aludindo a pessoas ilustres da História, a antigos grémios de artesãos, a santos objeto da devoção popular ou à fisionomia das ruas, entre outros aspetos. A rua das Atafonas, a Calçada Velha, o Terreiro Salgado e o beco de João da Gama” são alguns exemplos.
Com esta iniciativa pretende-se, enfim, realçar um interessante componente da rica herança cultural oliventina, a toponímia, contribuindo para testemunhar a história partilhada deste concelho e para a tornar visível em cada recanto intramuros. Os nomes ancestrais dos espaços públicos conformam uma janela que convida a assomar-se e a explorar a apaixonante história de Olivença. Expressados na sua originária língua portuguesa, constituem o testemunho vivo de uma cidade onde se respiram duas culturas e são um veículo que encoraja os mais novos a manter a língua que ainda falam as pessoas mais velhas do município. Para a associação Além Guadiana, trata-se de uma iniciativa com fins didáticos, culturais e turísticos, com a qual se resgata para o presente uma parte do passado oliventino.

Olivenza recupera sus “ruas”

El ayuntamiento de Olivenza va a recuperar los antiguos nombres en portugués de las calles de la localidad. La iniciativa parte de la asociación cultural Além Guadiana, que hace un año presentó al ayuntamiento y a los distintos representantes políticos de Olivenza un proyecto detallado para la valorización de la toponímia oliventina, com unánime aceptación.
Dicho proyecto contempla la adición de los antiguos nombres de sus calles a los actuales, manteniendo la misma tipología y estética en las placas. Se rescatan así las denominaciones de las “ruas” (calles), “becos” (callejas), calçadas (calzadas), etc. que configuran el extenso casco histórico que encierran sus murallas abaluartadas, con un total de 73 localizaciones. Todo ello se acompañará con un simbólico acto inaugural de las placas (el próximo 12 de junio) y con la edición de folletos turísticos bilingües.
La mayor parte de la toponimia urbana de Olivenza fue sustituida o modificada en la primera mitad del siglo XX, si bien algunos de los nombres siguen siendo utilizados por la población a pesar de las alteraciones, como en los casos de la calle de la Rala, la de la Piedra, la Carrera, etc.
Los antiguos nombres de las “ruas” nos hablan del pasado portugués de la “Vila”, como popularmente se conoce a la ciudad, desvelando aspectos diversos, a menudo desconocidos, de su historia. Éstos se remontan a siglos atrás, muchos de ellos a la Edad Media, aludiendo a personas ilustres de la Historia, a antiguos gremios de artesanos, a santos objeto de la devoción popular o a la fisonomía de las calles, entre otros aspectos. La “rua das Atafonas”, la “Calçada Velha”, el “Terreiro Salgado” y el “beco de João da Gama” son algunos ejemplo de ello.
Con esta iniciativa se pretende, en definitiva, poner en valor un interesante componente de la rica herencia cultural oliventina, la toponimia, contribuyendo a atestiguar la historia compartida de este municipio y a hacerla visible en cada rincón intramuros. Los nombres ancestrales de sus espacios públicos conforman una ventana que invita a asomarse y a explorar en la apasionante historia de Olivenza. Expresados en su originaria lengua portuguesa, constituyen el vivo testimonio de una ciudad donde se respiran dos culturas, y son un vehículo que anima a que los más jóvenes mantengan la lengua que aún hablan las personas mayores del municipio. Para la asociación Além Guadiana, se trata de una iniciativa con fines didácticos, culturales y turísticos, con la que se rescata para el presente una parte del pasado oliventino.
Publicado também em Além Guadiana

0 comentários:

Enviar um comentário