Bloco de Esquerda já tem Sede em Estremoz.

Luís Mariano no uso da palavra.
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No passado dia 28 de Novembro (domingo), o Núcleo de Estremoz do Bloco de Esquerda (BE), inaugurou a sua sede, situada no número 15 da Rua Capitão Mouzinho de Albuquerque. Ao acto iniciado cerca das 11 horas, compareceram cerca de 40 pessoas, entre militantes e simpatizantes.
Dando início às intervenções, Luís Mariano fez um balanço do trabalho do BE a nível local, criticou a política autárquica de Luís Mourinha e equacionou as tarefas que se põem aos bloquistas com a crise, manifestando a convicção de que a existência de uma Sede se traduza na melhoria da intervenção do Bloco, a nível de trabalho poítico.
Seguiu-se a deputada Catarina Martins que caracterizou a crise a nível global e nacional, apontando as tarefas que se põem aos bloquistas no actual contexto, que inclui ainda a batalha das Presidenciais 2011.
Terminadas as intervenções, seguiu-se um almoço de convívio num restaurante local, que incluiu no final, uma actuação do cantor popular Liordilho.
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A deputada do BE, Catarina Martins, durante a sua intervenção.
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O almoço de convívio que reuniu militantes e simpatizantes do BE.
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A actuação do cantor popular Liordilho.

Antes que seja tarde…

Um aspecto das casas degradadas no Largo do Espírito Santo.
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Várias Câmaras Municipais estão endividadas até às orelhas, como se costuma dizer.
O Município de Estremoz não está ainda na zona mais negra da lista, mas ao que tudo indica, o seu presidente – Luis Mourinha – tudo está disposto a fazer para colocar nos ombros de cada estremocense, mais uns milhares de euros de dívida…
A compra indiscriminada de imóveis, as iluminações de Natal, os projectos megalómanos como a Zona Industrial de Arcos, etc., são exemplo do que não se deve fazer em tempos de crise.
Vários municípios já cortaram nas iluminações de Natal, mas por cá vamos sorrindo e andando em frente…
São os próprios comerciantes a afirmar que o dinheiro que se gasta nestas coisas era melhor estar nas mãos das pessoas…
Dezenas de milhares de empresas declaram falência, mas Mourinha quer uma zona industrial em Arcos e “loteamentos” para comércio e serviços em Veiros.
Diz ter encontrado uma dívida municipal maior do que esperava, mas atira-se a comprar imóveis sem conta nem medida, aumentando essa mesma dívida.
Poupar em tempos de crise é ter a imaginação suficiente para não gastar acima das nossas possibilidades enquanto concelho do interior, sem tecido industrial forte e sem recursos assinaláveis.
Poupar em tempos de crise é criar um plano concelhio de recuperação das casas degradadas que dê casa a quem dela precisa, que dê emprego aos pequenos empresários ligados à construção civil e que mude radicalmente o aspecto desta cidade que é linda mas tão mal tratada pelos vários poderes municipais e centrais.
Poupar é criar emprego.
Criar emprego é apoiar os micro empresários e trabalhadores por conta própria.
Poupar não é chegar a Novembro e poupar nos post’it ou nas esferográficas.
O que se espera da liderança municipal é que saiba evitar os maiores “apuros” em datas limite e situações críticas.
Mas poupar não pode ser à custa dos direitos dos trabalhadores municipais ou dos subsídios de acção social.
Poupar é não gastar e é para hoje.
Amanhã será tarde de mais.

Luis Mariano

CONFERÊNCIAS ALÉM TEJO


PROGRAMA

14.15 – ABERTURA (Dr. Luís Assis)
14.30 - O TURISMO E O INTERIOR: PERSPECTIVAS PARA O SEU DESENVOLVIMENTO (Dr. Telmo Correia)
15.00 - DEBATE
15.15 - AGRICULTURA NO ALENTEJO: NOVAS PERSPECTIVAS DE FINANCIAMENTO (Dr. Luís Valente)
15.45 - DEBATE
16.00 - SEGURANÇA: NECESSIDADES DAS FORÇAS POLICIAIS NO INTERIOR, SUA REORGANIZAÇÃO (Dr. Nuno Magalhães)
16.30 – DEBATE
16.45 - SAÚDE E CUIDADOS PALIATIVOS: UMA NECESSIDADE NUMA POPULAÇÃO ENVELHECIDA (Dra. Isabel Galriça Neto)
17.15 - DEBATE
17.30 - O PROBLEMA DO EMPREGO E O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO NO INTERIOR: PERSPECTIVAS E FORMAS DE RESOLUÇÃO ( Dr. Luís Pedro Mota Soares)
18.00 - DEBATE
18.15 – ENCERRAMENTO (Dr. Paulo Portas)
19.30 – JANTAR DE NATAL DA DISTRITAL DE ÉVORA COM A PRESENÇA DO DR. PAULO PORTAS


Conferência: Gratuita, mediante contacto prévio para inscrição
para o tlf: 964370614 – 919316103 – mail: distritalevora.cds@gmail.com
(Entrada mediante inscrição prévia obrigatória e sujeita à capacidade da sala)
Jantar: por pessoa €: 18,00 – jantar buffet
Local e Data: Évora, Hotel Évorahotel, 18 Dezembro 2010
Organização: CDS-PP
Destinatários: militantes e simpatizantes

COMO SE VAI DE DUARTE PIO À UNIÃO?


Duarte de Bragança, em entrevista à Lusa no dia em que comemoramos a restauração da independência, mais uma vez (repete-se muito), disse que a República foi uma perda de tempo e que a monarquia poderia ter proporcionado a Portugal as mesmas realizações que a aquela. Diria eu que à Monarquia não faltou tempo para o demonstrar e parece que também o perdeu.
Não me interessa o que diz Duarte Pio, nem por que razão ainda o vão ouvir. Na verdade nem é o meu ponto de partida, o 1º de Dezembro , dia do ano em que comemoramos a restauração da independência em 1640 e nos demarcámos do domínio dos Filipes que me importa, mas o tema que dali, em associação livre, me apareceu, e que foi o 1º de Dezembro de 1977, marco de um renascimento que na minha história pessoal, como na doutros, aparece misturada com o Hino da Restauração. Nesse dia, depois de aprendido o solfejo e as primeiras notas num instrumento sob a batuta do saudoso Mestre Genaro Manteigas, a Banda saiu à rua com um bando de miúdos e seguramente muitas fífias que os músicos seniores da União tentaram abafar e apoiar. Tocou-se o Hino da Restauração. Eu estava lá, do lado das fífias (é claro). Esse 1º de Dezembro marca o que foi o ressurgimento da Banda da União (como conhecemos a Banda Municipal de Estremoz), que está aí, sempre a ensinar música aos estremocenses, desempenhando na formação dos que têm a sorte de por lá passar um papel inestimável, a troco de quase nada que não a dedicação.
Dos colegas que tive na União muitos tinham talento e deles alguns encontraram, a partir do que ali aprenderam, uma carreira profissional que, diga-se também, alguns puseram ao serviço daquela Casa que estimam, ensinando às crianças de Estremoz uma das mais sublimes artes.
Outros, como eu, já lá não estão, mas está com eles, como comigo, o muito que ali aprenderam. O conhecimento é um tesouro de que nos apropriamos e eu, que o valorizo, posso testemunhar que, na vida, me serviram os saberes que ali me ofereceram, sem dar nada em troca, a não ser o meu reconhecimento e muita saudade.
Também não interessam os meus estados de alma e não perderia tempo com eles se não estivesse segura de que a União, como as restantes Filarmónicas do concelho, desempenham um papel na educação e formação musical das nossas crianças que é precioso e que está ali, para todos, sem excepção, uma oportunidade de conhecimento, de descoberta de talentos e de destinos a que devíamos dar mais atenção. E, além de tudo isto, fazem muito mais.
Cumpro assim o estranho itinerário que me levou de Duarte Pio à União.

Foi publicado no nº 16 Jornal E de Estremoz, de 03 de Dezembro de 2010