Escrito na cal - Novo romance de José Movilha



O estremocense José Movilha, lançou ontem o seu novo romance “Escrito na cal”, edição de autor “Monócolo”. O evento teve lugar pelas 16 horas na Casa da Cultura de Santa Iria de Azóia e contou com a presença de muito público, leitores e admiradores de José Movilha. A apresentação esteve a cargo do professor Vítor Viçoso.
Do evento criado pelo autor no Facebook, extraímos o seguinte texto:

Tendo por palco as vicissitudes dos dias que correm, o autor coloca dois jovens da nossa era que forçados a regressar à província, herdando uma velha casa decrépita e uma nesga de terra, mergulham na leitura de um velho manuscrito, herança escrita por um familiar, que conta os acontecimentos das primeiras décadas do século XX, a terrível Guerra Civil de Espanha e as ante-vésperas da Segunda Guerra Mundial. Um Portugal amordaçado pela ditadura, pela fome e pela doença, onde duas gerações partilham o mesmo sonho de liberdade e igualdade. Do revigorar desta leitura o seu lema de luta passa a ser uma das frases emblemáticas que lhes é legada: "Um homem só, é uma semente aprisionada sem medro de se erguer aos palmos do céu, muitas sementes são a força que brada contra o vento e se erguem sem detença num só sentido. Havia de vir um dia que todos percebessem essas sementes..."

O livro de 276 páginas e formato 13,5 x 21 cm, tem capa de de Carina Figueiredo e custa 14 euros, portes incluidos. Quem quiser adquirir o livro deverá contactar o autor, que do livro já tinha falado no seu blogue ATHANOR DE LETRAS.
Daqui enviamos a José Movilha um forte abraço e congratulamo-nos por mais esta sua obra, decerto um êxito editorial.

Hernâni Matos

Um aspecto parcial da assistência durante a apresentação
do livro"Escrito na cal", de José Movilha,
 na Casa da Cultura de Santa Iria da Azóia. 

O painel de apresentação do livro “Escrito na Cal”. À esquerda
Christelle, da editora Monóculo;  o Professor Vítor Viçoso;
José Movilha, o autor; Ana Paula Vitorino, representante da Junta de
 Freguesia  de Santa Iria de Azóia. 
O Professor Vítor Viçoso e o autor José Movilha. 
O autor José Movilha dando conta de alguns episódios da narrrativa. 
Um aspecto da sala completamente repleta. 
Um grupo de senhoras amigas, que fez questão de estar presente.

LEVANTA-TE!


Imagem recolhida de Portugal Start-Up

Deu muito que falar a expressão utilizada pelo Primeiro-Ministro a propósito da situação dos desempregados, vindo logo a esquerda, num coro de protestos, fazer a pseudodefesa destes, aproveitando para fazer política barata com a perversão do significado da mesma.
Não está aqui em causa, nem o coloco, a dignidade das pessoas nem a situação humana em que se encontram, que é, de facto, complicada de gerir a todos os níveis, mas tal facto não deve ser levado ao extremo como o fez a esquerda e grande parte da comunicação social.
A questão que se coloca e aquilo que o Primeiro-Ministro disse é que as pessoas devem reagir e procurar activamente uma solução para o problema, quer na procura de emprego, quer na criação de emprego próprio, com o recebimento, por inteiro do valor do subsídio de desemprego. Estes são apenas dois exemplos.
Todos sabemos que é uma característica muito portuguesa este lastimar da situação em que estão, ficando à espera que alguém lhes resolva o problema, não percebendo ou não querendo perceber que são as próprias pessoas que têm que resolver as questões que lhes dizem respeito.
Este fado muito português de ficar à espera que o Estado aja como se fosse pai é uma mentalidade muito arreigada entre nós, que tem que mudar, para que possamos encarar a vida de outra forma e procurar soluções para nós próprios de forma independente.
Mas muitas dessas pessoas nunca se lembraram de pensar que há muitas que se empregaram no desemprego e no RSI, retirando possibilidades a quem delas realmente precisa, retirando capacidade financeira ao Estado para poder socorrer quem, de facto, precisa.
Esta é uma luta que tem que ser simultânea, pois é uma situação que consome rios de dinheiro que podia e devia ser atribuído a quem realmente precisa, em vez de servir para empregar pessoas no desemprego e no RSI.
A questão fundamental é a escolha que as pessoas fazem na forma como reagem às situações, se o fazem pela positiva ou pela negativa, isto é, se em face de uma situação extrema e adversa, como é o desemprego, decidem reagir positivamente, procurando soluções ou negativamente, sentando-se à espera que alguém lhes resolva o problema.
Depende dessa escolha a capacidade de reação do país, para alterar as circunstâncias em que vivemos e batalharmos pela criação de riqueza, produtividade e competitividade do país, que é, afinal, a nossa própria capacidade.
Em vez de tratarmos as pessoas como coitadinhas e desgraçadas, devemos incutir-lhes confiança e perseverança para vencer os desafios que vão sendo colocados ao longo da vida, porque é deles que nasce a nossa força e capacidade de realização pessoal e profissional.
As pessoas têm que cortar o cordão umbilical com o Estado e deixarem de ser dele dependentes, porque só assim teremos uma sociedade civil forte e independente, para que situações idênticas àquelas em que vivemos não se tornem a repetir.
Conheço casos concretos de pessoas que criaram os seus negócios, em plena crise, sem ficar à espera que o Estado lhes resolva a sua vida, e continuam a ter bons resultados, o que significa que quando vamos à luta, por nós próprios e acreditamos na nossa capacidade, conseguimos alcançar os objectivos a que nos propusemos.