De que lado está este governo?

Face à terrível crise criada pelos especuladores financeiros, multimilionários dos EUA e de França mostram-se disponíveis para devolver à sociedade e aos mais pobres aquilo que lhes retiraram durante décadas.
Por cá Américo Amorim afirma que não é rico mas apenas “um trabalhador”…
O governo do PSD e CDS que com toda a naturalidade nos vão buscar ao bolso metade do 13º mês, mais uns trocos no IVA e no IRS, recusa-se a taxar as grandes fortunas.
Paga o mais pobre e a classe média.
Segundo dados estatísticos de 2010 as 31 maiores fortunas do nosso país somavam em conjunto um património de mais de 25 mil milhões de euros.
Apenas 1% deste valor dava para construir 4 aeroportos de Alcochete por ano…
Esta direita que se diz popular e se “embrulha” em planos assistencialistas (até a Igreja já os criticou…) de descontos no gás e na electricidade para os “pobrezinhos”, mais valia que tivesse a coragem de ir buscar o dinheiro onde o há, aplicá-lo a dinamizar a economia, a criar emprego e a restituir a dignidade às pessoas.
Só nos últimos meses houve um acréscimo de dezenas de milhar de novas solicitações de Rendimento Social de Inserção, o governo vem dizer que em 2012 ainda vai ser pior do que este ano e, por fim, veio o país a ter conhecimento de mais um buraco financeiro devido a mais um magnífico exemplo do que é um Governo PSD a governar…
Metade do 13º mês de quem trabalha vai direitinho para a ilha cor de laranja…
Mas mesmo perante este cenário de catástrofe a direita recusa-se a taxar os mais ricos.
Este não é um governo para salvar a economia, é um governo para afrontar quem trabalha!

Museu Ferroviário

Luis Mourinha abriu mão do Museu Ferroviário e isso não é um bom sinal para candidatar Estremoz a Património Mundial…
Nos últimos anos não tem havido uma focalização dos executivos municipais naquilo que é importante para um concelho do interior: movimentar a economia e atrair culturalmente os jovens.
Estremoz tem vivido ultimamente de obras de fachada. Tudo parece ser feito no centro da cidade. As freguesias rurais e as zonas mais desfavorecidas continuam a desmoronar.
E o que faz a Câmara? Recupera a Praça de Touros…
O que é verdadeiramente urgente é um plano de recuperação das casas degradadas (onde a autarquia pode ter um papel relevante e decisivo) que dê emprego aos pequenos empresários individuais e aos desempregados/as do concelho.
Em segundo lugar é preciso colocar Estremoz “no mapa”. Veja-se o exemplo do Crato, de Marvão, de Campo Maior, de Redondo e de tantos outros sítios onde as iniciativas municipais são verdadeiras romarias.
Com uma taxa de desemprego nos 13%, com a taxa de natalidade a descer, com a fuga para o litoral e estrangeiro a crescer e consequentemente a desertificação a aumentar, os últimos executivos camarários não conseguiram ir mais longe do que investir os parcos meios dos impostos municipais em estudos megalómanos para reconversões do Rossio, avenidas novas, recuperações de praças de touros e compra de imóveis que só fizeram sentido para quem os vendeu…
O Bloco de Esquerda tem insistido na revitalização da economia porque sabe que é a única medida que pode “dar a cana” em vez do peixe a quem precisa de trabalhar.
Porque Estremoz são as pessoas…

Plano de Emergência Social

Em primeiro lugar o Governo PSD/CDS apresenta um programa até 2014: quererá isto dizer que vamos viver em “emergência social” até essa data? Quatro anos?
Será coincidência com a data das próximas eleições?
Em segundo lugar porquê fazer caridade quando o que o país precisa é da economia a funcionar?
Metades dos desempregados não recebem subsídio de desemprego. A maioria dos empregados fica-se pelo salário mínimo. Os reformados vêem congeladas as pensões. Os jovens só arranjam empregos precários e a recibos verdes, e o ministro do CDS não vê outra solução do que atribuir cerca de 11,00 € por mês aos indigentes…
As cantinas das IPSS ficam dispensadas da ASAE, isto é, limpeza e asseio só para os mais afortunados…

Os infelizes que recebem o Rendimento Mínimo vão ser obrigados a trabalhar fazendo assim baixar ainda mais os salários por via desta concorrência “asiática”…
Os desempregados vão ver aumentado o Subsídio de Desemprego (isto é para rir de certeza…)…
Mas o que o país precisa, é de medidas de carácter económico que nos tirem da crise conforme prometeram!
Não precisamos de subsídios, precisamos de empregos!
Mais Justiça e mais Economia!
Afinal quem ganhou as eleições com promessas de solução dos problemas ainda só apresentou três medidas: Aumentar os impostos para os mais pobres, cortar no 13ª mês a quem trabalha e fazer caridadezinha…
Só já falta mesmo a esposa do Américo Tomás a presidir aos chás de caridade…