“Estremoz ficou (sem dúvida) mais limpo!”, mas por pouco tempo!!!!!!!!

Há menos de um mês (19 de Março), e antes da iniciativa "Limpar Portugal", disse assim: "Depois do “Limpar Portugal” é necessário sensibilizar as pessoas para as vantagens de se manterem estes locais limpos e deve haver uma fiscalização para que os colchões, frigoríficos, móveis, etc., não voltem a “saltar” as muralhas. De outra forma, para o ano estaremos nos mesmos locais a limpar o lixo que outros fizeram!"

Efectivamente, e passados apenas cerca de duas dezenas de dias de diversos locais estarem "livres" de lixo, já começa a voltar tudo à normalidade! Como tinha previsto, já há objectos a "saltarem" as muralhas, nomeadamente aquecedores e pedaços de televisores.
Mais de duas centenas de pessoas (incluindo eu) realizaram limpezas e andaram, LITERALMENTE, com as mãos no lixo para podermos ter uma cidade "mais leve de resíduos e com um olhar mais fresco, puro e atractivo para quem chega e nos visita e, mais importante ainda, para quem cá está e passa todos os dias". Mas tudo para quê? Se quem sujou não limpou? Se quem limpou não sujou e vai continuar a limpar? TUDO POR UM ESTREMOZ MAIS LIMPO...
Enquanto não se colocarem as pessoas que deitam estes resíduos a retirá-los, esta situação vai continuar a acontecer. Diga-se, que não é muito difícil saber quem suja, DÁ É MUITO TRABALHO... E PODE TRAZER ALGUMAS CHATICES....


A propósito da locomotiva "Estremoz"...

Tendo sido questionado sobre as fontes da informação veiculada no post anterior, esclareço: o vídeo seguinte constitui um resumo de um documentário produzido pela RTP (da autoria de Paulo Silva Costa) a propósito das comemorações dos 150 anos dos caminhos-de-ferro em Portugal. Neste resumo, a partir do minuto 05:25 vem a resposta à questão formulada.
 

Também publicado em ad valorem

Sabia que...

... a mais antiga locomotiva portuguesa que chegou até nós - a vapor, de 1857 - foi denominada "Estremoz"?
Notas:

  • A imagem foi colhida no sítio para o qual aponta a respectiva hiperligação;

  • Também publicado em ad valorem.

Convívio de ex-Combatentes

Aproximando-se mais um almoço convívio do Batalhão de Cavalaria 3878, de que fiz parte em missão no Norte de Moçambique (Macomia, Chai e Mataca), a realizar proximamente na Lousã, aproveito para divulgar a intervenção que proferi há três anos, aquando da realização de idêntico convívio, na cidade de Estremoz.

Considero de interesse geral a problemática dos ex-combatentes, nomeadamente, para aqueles, que não viveram esses tempos de guerra e sofrimento, pelo que aconselho a sua leitura.
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Caros Amigos
e Camaradas de Armas

Em primeiro lugar quero agradecer a vossa presença e desejar-vos um óptimo almoço e um agradável convívio.




Completaram-se 35 anos que, mobilizados, embarcámos em Lisboa e aterrámos no aeroporto da cidade da Beira, para uma comissão de mais de 2 anos em Moçambique.

Durante esses 2 anos, passámos por vicissitudes várias, combatemos um inimigo, que raramente víamos, sofremos as agruras do clima, das intempéries, de águas impotáveis, vivemos longe dos nossos entes queridos (da namorada, dos pais, irmãos e outros familiares), fomos feridos e alguns de nós ficámos com cicatrizes físicas e/ou psicológicas para o resto das nossas vidas.

Mas mesmo assim regressámos, às nossas terras, para junto dos nossos amigos e dos nossos familiares, que nos aguardavam, após esses longos anos de sofrimento físico e psicológico.

Infelizmente, alguns dos companheiros de ida e luta, não nos acompanharam no regresso a casa, mas regressaram “dentro de uma caixa de pinho”, como diz o poeta.

De entre esses lembro, simbolicamente, alguns dos, com que mais proximamente lidei e que sucumbiram muito próximo de mim: O Delgado, o Constantino e o Paulino.

Para todos os que lá faleceram peço-vos um minuto de silêncio em sua memória.
(1 minuto de silêncio)

Para além do sofrimento, também é verdade que nem tudo foi mau e ganhámos: maturidade, capacidade de decisão, liderança, camaradagem, espírito de sacrifício, conhecemos novas terras e novas gentes e fortalecemos novas amizades, que se têm mantido ao longo dos últimos 35 anos, de que é exemplo, este convívio com perto de 170 pessoas presentes.

Volvidos que foram todos estes anos, em que todos nós estamos mais barrigudos, mais carecas, mais rabugentos (as nossas esposas que o digam), mais ceguetas, com múltiplas doenças (é o acido úrico, o colesterol, os trigliceridos, a tensão alta, o reumático, o stress pós-traumático, para além das mazelas físicas, que de lá trouxemos), certamente, que muitos de nós nos perguntamos: Estarão as actuais gerações sensíveis à problemática dos ex-combatentes?

Infelizmente, teremos que dizer:

Não estão!...

As transformações por que passou o nosso país, nos últimos 33 anos, que temos que reconhecer foram enormes, fez esquecer, para os que não participaram na guerra, esses atribulados anos e as suas consequências físicas e psicológicas, para os que a realizaram.

Penso que essa será uma tarefa, a que todos nós e em especial, as organizações dos combatentes terão pela frente:

Lembrar às novas gerações os sofridos e atribulados anos de guerra, para que idênticos anos de sofrimento não voltem mais.

Apelo às associações dos combatentes, para que continuem a lutar, pela defesa dos interesses, de todos os que combateram no ex-Ultramar, que nesta fase da sua vida, necessitam de muita ajuda e muito apoio.

A divulgação das situações, o tratamento e o apoio a esses nossos companheiros de jornada, devem ser prioridades das actuais gerações.

Acreditem, são muitos os que necessitam dessa ajuda.

Às gerações que não viveram esse pesadelo, apelo para que não voltem as costas, como se nada fosse convosco.

Na vossa comunidade, na vossa região, no país, apoiem e intervenham.

Está nas vossas mãos.

E mais uma vez, desejo a todos um óptimo almoço e convívio, e

Tenho dito

Obrigado por me terem ouvido
José Capitão Pardal

FELIZ PÁSCOA

http://tododiacomdeus.blogspot.com/2009/04/verdadeira-pascoa-jesus-cristo.html



Celebra-se hoje, para mim e para a maior parte dos católicos, o dia mais importante do nosso calendário: a Páscoa!
O nome Páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach" (passagem), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu. Esta libertação foi marcada pela travessia do Mar Vermelho, que se abriu para "passagem" dos filhos de Israel que Moisés conduziria para a Terra Prometida. Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria.
Hoje celebra-se o triunfo da LUZ sobre as TREVAS!
Hoje celebra-se o triunfo da VIDA sobre a MORTE!
Hoje celebra-se o triunfo do AMOR sobre o SOFRIMENTO, sobre a DOR!
Como é referido hoje em muitas homilias:
“A ressurreição de Jesus prova precisamente que a vida plena, a vida total, a libertação plena, a transfiguração total da nossa realidade e das nossas capacidades passam pelo amor que se dá, com radicalidade, até às últimas consequências. É nessa direcção que conduzo a caminhada da minha vida?”
Procuremos na livre escolha das nossas acções honrar este mandamento único "amai-vos uns aos outros como eu vos amei", estaremos a honrar a morte do Senhor. Vale a pena lembrar que o mandamento único implica livremente oferecer a outra face, pois foi assim que Jesus nos amou, e não através do facilitismo da vingança.
Um dos maiores desafios de Deus aos Homens foi o livre arbítrio. Deus tem esperança em nós. A doutrina da Igreja é marcada por esse livre arbítrio. “Os totalitarismos foram condenados pela Igreja, particularmente os que no Leste retiravam ao homem a capacidade de decidir, em função da promessa de uma suposta igualdade material”. Todos os regimes, de esquerda ou de direita, opressores da iniciativa individual são por definição contrários ao dever de o Homem tomar decisões em liberdade. Das decisões podem advir maus resultados, porque as decisões podem ser as erradas. Só que a liberdade que Deus nos deu passa por nos permitir escolher o erro, e esperar até ao fim que não o façamos.

“Já ninguém viverá sem luz da fé,
Já ninguém morrerá sem esperança;
O que crê em Jesus venceu a morte:
Ressuscitou o Senhor Jesus!”

Feliz Páscoa!
Já agora vale a pena pensar nisto.

por, Nuno Rato