A oposição

Quando a oposição anda á deriva, seja num governo nacional seja local, todos fazem, oposição e governação, um mau mandato. Quem governa corre o risco de amolecer e quanto mais activa for a oposição, tendo uma postura séria e não de política de bota abaixo, mais quem governa afina a sua “imaginação” na governação, ganhado essencialmente a democracia e os cidadãos.
Uma oposição fraca, além de não espicaçar o governo, não se consegue definir como alternativa a esse mesmo governo e atingir o seu grande objectivo que é governar.
Quando falta uma oposição que tenha um verdadeiro projecto alternativo para oferecer aos cidadãos, em última instância são estes que perdem, por falta de debate e de políticas alternativas.
Não há oposição que consiga chegar ao governo se não plantar as sementes de uma alternativa e de novas políticas muito antes do período eleitoral.
Sem o incansável trabalho de fundo de divulgação de ideias da oposição, dificilmente se derrota que está no poder, a não ser por grande desgaste deste. Quando a oposição chega ao poder muitas das medidas que pode vir a tomar deixam de ser consideradas radicais se anteriormente já houve uma preparação. Acima de tudo a oposição terá de chegar ao poder pela batalha das ideias, mesmo se tiverem um custo elevado nos primeiros momentos, mas tem de ter ideias, não pode ter medo de as ter e de as apresentar.