ESTE ALENTEJANO OFERECE MAIS UM SONETO...., por Carlos Luna


SONETO: A TRADIÇÂO QUE MORRE (apelo sentimental em defesa da cultura popular)///

Num tempo de lógicas mal pensadas,/...
não se sabe, Olivença, p'ra onde vais,/
pois das antigas paredes caiadas/
só restam fotografias e postais!//


Neste afã de tradições desprezadas/
não és só tu, Olivença, que te trais!/
Todo o Alentejo de eras passadas/
está a teu lado quando aos poucos te esvais...//

Não podes deixar morrer tua raiz!/
Teus monumentos afinal te pedem/
p'ra serem algo mais que só chamariz!//

Vê a dor daqueles que se despedem/
desta cultura que é a tua matriz!/
Só porque morreram o não impedem!!///

Estremoz, 25 de Julho de 2014

 Carlos Eduardo da Cruz Luna

SONETO: EM OLIVENÇA, O FUTURO É DE TODOS//, por Carlos Luna


É por todos aqueles que te amaram/
que procuramos em ti, Olivença,/
a essência dos tempos que passaram/...
onde deles se sente ainda a presença!//
 
Não dizemos aos que depois chegaram/
que estar em ti é alguma ofensa./
Apenas queremos o que te negaram/
em séculos de triste indiferença.//

Acolhe tudo o que em ti há de melhor./
Constrói já um futuro para os teus filhos/
em que todos possam olhar em redor.//

Não mais segredos nos teus velhos trilhos!/
A verdade tem de ser o bem maior,/
pura, com seus raios de claros brilhos!///

Estremoz, 24 de Julho de 2014

 Carlos Eduardo da Cruz Luna