Conheci o José Palmeiro da Costa em 1976, quando ele, no âmbito do seu intenso trabalho político, visitava a casa do meu pai. Viviam-se tempos difíceis, próprios da nossa jovem democracia e, apesar de não ter uma consciência política totalmente formada, a figura do “Zé Costa” marcou-me profundamente. Vi nele, algumas das qualidades que ainda hoje mantém: É um homem simples, frontal e extremamente leal.
Na altura o “Zé Costa” já era um dos principais rostos do Partido Socialista na organização da listas de Estremoz e seria decerto, como o foi durante muitos anos, o mais destacado financiador das campanhas dos socialistas. Foi ele quem “carregou o PS às costas” durante mais de duas décadas e foi ele, ainda que indirectamente, quem mais contribui para a projecção de alguns dos actuais quadros políticos do PS. Tenho a certeza que se a saúde o permitisse, ainda hoje estaria disponível para o trabalho político.
Militante do PS desde 1974, destacado dirigente local e distrital, haveria de chegar a Presidente da Câmara Municipal de Estremoz. Pode questionar-se esta ou aquela decisão, mas a verdade é que ele sempre demonstrou total desapego ao poder e deu o melhor de si mesmo na defesa de Estremoz.
Para trás ficam anos e anos de militância e combate político, marcados pelo “amor ao seu PS”, mas sempre com respeito pelos adversários e com transparência e fidelidade perante a sua casa mãe. Com justiça, ainda hoje é Presidente Honorário da Federação Distrital do PS e o seu trabalho em prol dos outros, continua a ser reconhecido. Mário Soares, pergunta frequentemente por ele e quando têm oportunidade de se encontrar, trata-o respeitosamente por “o homem da gravata”. É que o “Zé Costa” usa em todos os actos de natureza política, uma gravata grená recheada de símbolos do PS a amarelo.
Em 2005 preparei-lhe uma singela homenagem, com o objectivo de relembrar os 30 anos de militância política, mas também e sobretudo pelo exemplo de altruísmo, coerência e verticalidade, que constitui a sua vida.
O José Costa é um homem grande. Grande na altura e igualmente grande na dimensão humana. Os clubes desportivos, as colectividades culturais, as instituições sociais e as famílias mais carenciadas de Estremoz conhecem-no muito bem. Sabem que o “Zézica” como carinhosamente o trata a Senhora sua esposa D. Maria Amélia Palmeiro Costa, foi fundador, dirigente e patrocinador de muitas das actividades dessas associações. Sabem que José Costa está ligado indelevelmente à história do Clube de Futebol de Estremoz. Sabem igualmente da sua importância para a Associação de Bombeiros Voluntários de Estremoz e provavelmente poucos saberão que “ele” também está ligado ao inicio da Delegação de Estremoz da Cruz Vermelha e ao Orfeão Tomás Alcaide.Por tudo isto, o cidadão José Palmeiro da Costa é um exemplo de como se deve estar na política e constitui indubitavelmente um orgulho para a cidade e para todo o Concelho de Estremoz.
2 comentários:
Em meu nome pessoal, quero exprimir ao Partido Socialista, do qual José Costa, amigo íntimo do meu pai, era destacado militante e figura emblemática, as minhas mais sentidas condolências.
Em nome do Partido Social Democrata e em meu nome pessoal, quero aqui apresentar, à família e ao Partido Socialista sentidas condolências.
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