Esta última semana foi vê-los num corrupio de discursos e chamadas de atenção à nação sobre o bom senso, a cordialidade e consenso, para chamarem à “razão” a oposição, sobre a necessidade de evitar o caos. O caso mais caricato foi o de Jorge Sampaio, ressurgido das brumas, nos apelos que fez, esquecendo-se do que já fez quando foi Presidente da República e da decisão que tomou para, claramente, beneficiar o PS, tal como sucedeu. É preciso não esquecer que Jorge Sampaio cedeu à tentação de beneficiar o PS, depois de este se ter livrado de Ferro Rodrigues, justificando a sua decisão com a situação do país, à data, com um governo que gozava do apoio e legitimidade de uma maioria parlamentar. Agora, perante um governo minoritário, que levou o país ao caos em que nos encontramos, voltou a defender o PS, quando tudo justificava a tomada de posição que a oposição tomou, ao chumbar o PEC 4. À data em que Jorge Sampaio dissolveu o parlamento, pondo fim a uma maioria parlamentar, justificou-a com a actuação de um governo que não tinha feito, sequer, um décimo do que este fez, nem tinha levado o país à ruina, como este levou. Agora, como o governo é de esquerda e a esquerda só entende o funcionamento democrático quando ganha, bem como que a sua legitimidade está sempre acima de qualquer opinião do povo, era necessário vir dar todo o apoio ao moribundo governo PS. Para Jorge Sampaio uma maioria parlamentar legitima menos um governo do que uma minoria. Para Jorge Sampaio é preferível salvar um governo minoritário que levou o país à ruina do que um maioritário, cujo pecado mortal foi aumentar os impostos à banca e ao sector financeiro. São engraçados, eles! A outra graça hilariante da semana passada foi a crítica ao actual Presidente da República, feita pela esquerda, desta vez porque interveio, exorbitando, segundo eles, os seus poderes. Criticou-o a esquerda, porque nada fez para intervir no primeiro mandato, pactuando com as medidas do governo. Agora, que interveio, com um discurso sobre a realidade do país, exorbitou os seus poderes. Mas, quando já se evidenciava que o PEC 4 ia ser chumbado, aqui d’el rei que o Presidente da República tinha que intervir para que o PEC 4 não fosse chumbado. São engraçados, eles! Após o chumbo, o clamor contra a não intervenção do Presidente da República agigantou-se. Afinal, parece que a esquerda não sabe o que quer, anda indecisa sobre o que deve fazer o Presidente da República. Mas, se virmos bem, não anda indecisa, entende é que todos devem estar ao seu serviço, leia-se da esquerda, porque ela é que é a dona da legitimidade democrática e a democracia tem que funcionar como ela quer que funcione, não é para os outros andarem por aí a pensarem, porque para pensar está cá a esquerda. São engraçados, eles, são, são, mas mais vale cair em graça do que ser engraçado!
SÃO ENGRAÇADOS, ELES!
Postado por
Luis Assis
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quinta-feira, 7 de abril de 2011
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