Gabriela Ruivo Trindade
Gabriela Ruivo Trindade, ganhou o PRÉMO LEYA 2013.
Parabéns Gabriela!
Com a devida vénia transcrevemos a notícia difundida pela agência Lusa e recolhida no DN ARTES:
O vencedor do Prémio LeYa, no valor de 100.000 euros, é o romance "Uma outra voz", de Gabriela Ruivo Trindade, anunciou hoje o escritor Manuel Alegre, presidente do júri.
O júri justificou a escolha - o prémio foi atribuido a uma mulher pela primeira vez - com a "consistência narrativa", nomeadamente "na caracterização das personagens femininas".
O júri salientou também
"a originalidade" com que Gabriela Ruivo Trindade "combina o
individual e o coletivo, bem como a inclusão da perspetiva do(s) narrador(es)
no desenho cuidado de um universo de vastas implicações, mas circunscrito à esfera
do mundo familiar ao longo de um século de História"
"A exploração
ficcional de registo diarístico e a inclusão da fotografia dão um sinal de
modernidade formal" à obra, realçou o júri.
"Uma outra voz"
foi escolhida por maioria, revelou Manuel Alegre.
Aos jornalistas, Manuel
Alegre disse que apesar de ser uma escolha cega, isto é, sem se conhecer o
autor, "adivinhava-se que fosse uma mulher pela caracterização muito forte
das personagens e pela forma como caracteriza uma dada personagem
masculina".
Por outro lado, o escritor,
rejeitou a possibilidade de ser autobiográfico, apesar de registar factos
verídicos.
O escritor realçou que pela
segunda vez é dado um prémio a um desempregado - o anterior tinha sido João
Ricardo Pereira, vencedor com "O teu rosto será o último", em 2011.
"É algo que nos enche
de alegria", rematou.
A autora de "Uma outra
voz" vive em Londres, tem 43 anos e é natural de Lisboa.
Segundo fonte do grupo
LeYa, o romance será editado "em princípios do próximo ano".
Esta sexta edição do
galardão foi a mais concorrida de sempre, tendo-se candidatado 491 originais de
14 países.
O júri do Prémio LeYa 2013
foi o mesmo da edição do ano passado, tendo sido presidido por Manuel Alegre, e
do qual fizeram também parte os escritores Nuno Júdice, Pepetela e José
Castello, o professor da Universidade de Coimbra José Carlos Seabra Pereira, o
reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, Lourenço do
Rosário, e a professora da Universidade de São Paulo Rita Chaves.
À análise do júri foram
submetidas sete obras finalistas que foram avaliadas em regime de "prova
cega", isto é, sem saber quem é o seu autor, tendo o critério de seleção à
final sido feito pelos editores do Grupo LeYa, explicou à Lusa fonte do grupo editorial.
O primeiro vencedor do
Prémio LeYa, em 2008, foi o romance "O Rastro do Jaguar", do
jornalista brasileiro Murilo Carvalho.
Em 2009 venceu o romance
"O Olho de Hertzog", do escritor moçambicano João Paulo Borges
Coelho, na edição de 2010 o júri decidiu, por unanimidade, não atribuir o
Prémio LeYa, dada a falta de qualidade dos originais a concurso, em 2011 foi
distinguido o romance "O Teu Rosto Será o Último", estreia literária
do português João Ricardo Pedro, e o ano passado venceu o português Nuno
Camarneiro, com o romance "Debaixo de Algum Céu".