MUDAR MENTALIDADES



Surpreendeu-me, pela positiva, um artigo publicado no jornal Diário do Sul sobre cursos ministrados pela Câmara do Alvito sobre empreendedorismo, porque é um caso raríssimo de preocupação sobre a mudança de mentalidades.
Ao contrário do que costuma ser a postura das Câmaras Municipais e do Governo Central, que gostam de criar dependências da sociedade civil sobre si, para que possam garantir o seu poder, a Câmara do Alvito dispôs-se a fazer exactamente o contrário.
Percebeu a Câmara do Alvito que há que mudar, de uma vez por todas, a mentalidade das pessoas de que o Estado é o pai de todos nós e que, por isso, tem a obrigação de tudo resolver e solucionar, garantindo-nos a nossa existência.
Com estes cursos, intitulados “Aprender a Empreender”, para os alunos do ensino básico, com programas adaptados às várias idades, pretende a referida autarquia mudar as mentalidades dos jovens, para que tomem conhecimento de todo um mundo que lhes poderá dar outra perspectiva de futuro.
Esta é uma lição vinda de uma região do interior do país que se debate com graves problemas de desertificação e que não tem problemas em mudar a mentalidade da sociedade civil, para que os jovens de hoje não sejam os adultos do amanhã dependentes do poder público.
A aceitação destes cursos pelos alunos provam que há uma necessidade imperiosa de mudança de mentalidades e as suas respostas são a prova visível do que já podia e devia ter sido feito, para que o Portugal de hoje tivesse outra capacidade de criação de riqueza e tivéssemos tido outro crescimento económico.
Este é um bom exemplo que deverá ser seguido por todas as Câmaras e pelo Ministério da Educação, porque esta é a verdadeira formação para a criação de capacidade de criar riqueza e promover o crescimento de Portugal.
É esta mudança de mentalidade que tem que ser feita na geração mais jovem para que ela seja capaz de perspectivar o seu futuro sem que seja dependente do poder público, criando uma sociedade civil forte e empreendedora, capaz de criar riqueza e gerar desenvolvimento económico.
Mas este tipo de cursos deve ser alargado a todos os restantes ciclos de ensino, bem como a todos os desempregados, para que desde já se inicie, uma mudança de mentalidades e toda uma nova percepção de todo um mundo diferente que lhes poderá proporcionar um futuro melhor.
É educando para o empreendedorismo que poderemos começar a perspectivar um futuro diferente, para melhor, assente na criação de riqueza, que seja o motor do desenvolvimento económico de Portugal, capaz de alterar e inverter a desertificação do país.
Esta tem que ser a primeira e fundamental reforma do sistema educativo, porque é com esta forma diferente de ver e olhar a vida que os cursos superiores ou técnicos se tornarão no instrumento ou ferramenta criadora de riqueza e serão o motor do crescimento económico.
Esta perspectiva empreendedora tem que ser dada aos nossos jovens para que despertem para uma realidade que lhes pode dar uma perspectiva de futuro independente.
É urgente mudar mentalidades!


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